A OCDE refere que o Governo de Lisboa deveria «reformular a factura com os cuidados infantis», no sentido de os pais pagarem de acordo com as horas de apoio à criança que realmente usam. Sugere a existência de um crédito fiscal que ocorreria, se os pais, decidissem não trabalhar e ficar com as crianças. Uma outra hipótese avançada pela OCDE é um sistema de benefícios em que seria distribuído um abono de família mais elevado às famílias trabalhadoras de baixos rendimentos. Refere ainda a necessidade de mudar a estrutura dos pagamentos dos cuidados à criança. Exemplificando, a organização sugere que o Governo deve canalizar os apoios à criança directamente para os pais e «não para as instituições». Isto permitiria aos pais escolherem o «número de horas e o tipo de cuidados aos filhos, fazendo uma melhor utilização dos cuidados infantis existentes». Ou seja, não se deve dar dinheiro a quem utiliza já os cuidados infantis existentes, mas a quem tem filhos, independentemente de os pais acorrerem a cuidados externos ou preferirem ficar eles próprios a tomar conta das crianças. Por fim, recomenda o alargamento de período de direito ao subsídio de maternidade
Estas questões são importantes para muitas famílias.
Por exemplo, em Chaves, um casal com filhos pequenos se é pobre, os filhos ficam em casa com a mãe desempregada (doméstica) ou com os avós que residem próximo, se é rico, os filhos têm ama, mas se é da dita classe média tem problemas constantes pois, nem tem dinheiro para contratar uma ama, nem pode dar-se ao luxo de um dos membros do casal deixar de trabalhar. Isto acontece muito por culpa da indiferença do poder autárquico aos problemas das famílias.
Em muitos concelhos, as creches e as escolas do 1º ciclo possuem cantinas para as refeições das crianças e horários de funcionamento com pessoal especializado, condizente com o dos pais.
Como é possível utilizar as escolas públicas com horários das 9 às 12 e das 14 às 16 ou das 8 às 13?
Não é do conhecimento da Câmara que os horários de trabalho são outros?
Não deve a Câmara pugnar pela melhoria da qualidade de vida de Crianças e pais?
Será melhor gastar rios de dinheiro a comprara baixos, a pagar almoços em lifestyles, em revistas de jornais com propaganda descarada, etc, etc ...
Com o dinheiro gasto em publicidade, que não enche barriga aos flavienses, é possível por as Escolas do concelho a funcionar com horários compatíveis aos dos pais.
Por que não se faz ...!
(opinião enviada pelo blogista, zedaesquina@sapo.pt, que reproduzimos na integra. )
Será que os responsáveis pela área Ambiental do Conselho de Chaves estão a par das normas comunitárias para a preservação e conservação do meio ambiente? Passo a lembra-lo a partir de pontos fundamentais e que, pelos vistos, se esqueceram de implementar quando permitiram as novas colocações de empresas de extracção e tratamento de inertes junto às margens do rio Tâmega. Estas, tinham sido desactivadas e destruídas por um partido que não tem rabos presos mas voltaram agora ao activo, nesta legislatura PSD. Passo a citar vários pontos, a título exemplificativo, para a reciclagem de conhecimentos e, para que depois, não se diga que não o aconselharam e não lhe mostraram matéria para aprender umas coisas engraçadas, as quais, deviam ser de seu conhecimento.
Para este programa, a União Europeia propôs cinco novas abordagens, que são consideradas chave:
Colocar em prática a legislação - os governos nacionais têm a obrigação de pôr em prática a legislação ambiental e, caso não o façam, irão ao Tribunal Europeu de Justiça. A União Europeia irá monitorizar como é que as leis são aplicadas e fazer um registo do mesmo. Será ainda feito um exercício de "nome, vergonha e fama" que irá publicitar o sucesso e falha dos diferentes governos nacionais.
Colocar o ambiente no centro da política - os objectivos ambientais deverão ser tomados em conta nos processos de desenvolvimento para as políticas, desde a agricultura à economia (Tratado de Amesterdão). O uso de indicadores e metas irá ajudar a avaliar os progressos. Assim sendo, a União Europeia irá desenvolver e publicar relatórios sobre os indicadores ambientais, ilustrando o progresso de acordo com um melhor ambiente e fará a revisão da forma como a informação é recolhida.
Trabalhar com o Mercado - os grandes sectores económicos da sociedade como a indústria e o transporte têm sido responsáveis por causar danos ambientais significativos. A União Europeia comprometeu-se a trabalhar com as indústrias para desenvolver novas abordagens, por forma, a reduzir os seus impactos negativos no ambiente e a tornarem-se mais amigas do ambiente. É necessário assegurar que aqueles que causem danos ao ambiente sejam responsabilizados pelas suas acções e que futuros danos sejam evitados. Será assim preciso encorajar mais os empresários a avaliar o seu desempenho ambiental e ajudá-los a compreender as regras da União Europeia, começar com esquemas de recompensas para o desempenho ambiental, investigar taxas e outros incentivos à aquisição de produtos verdes e trabalhar com o sector financeiro para desenvolver critérios para os investimentos verdes.
Nós dependemos de sistemas naturais e temos responsabilidades na preservação dos recursos naturais, tendo como objectivos:
· proteger e, onde necessário, repor a estrutura e a funcionalidade dos sistemas naturais; · deter a perda da biodiversidade na União Europeia e a uma escala global; · proteger os solos contra a erosão e a poluição. Para atingir estes objectivos será necessário: · proteger os habitats mais valiosos através da Natura 2000; · pôr em prática planos de acção para proteger a biodiversidade; · desenvolver estratégias para proteger o ambiente marítimo; · estender os programas regionais e nacionais para melhor promover a gestão sustentada das florestas; · introduzir medidas para proteger e repor as paisagens; · desenvolver uma estratégia para a protecção do solo; · coordenar os esforços dos Estados membros relativos a lidar com acidentes e desastres naturais.
A Divisão do Ambiente devia calçar umas galochas e dar umas voltas por Santa Cruz e Outeiro Seco para assistir aos atentados ambientais causados pelas empresas responsáveis pela lavagem de inertes, que teimam em deitar as lamas nas margens do Rio Tâmega.
Até mais, mainada explosiva inertiana, ....
Entre pantominas e visitas hilariantes a obras que teimam em não sair do papel, via a gestão camarária, atrasando o desenvolvimento do concelho. Chegamos a ponto de, os profissionais taxistas, andarem a fazer publicidade ao comércio de Vila Real (e não tardarão a fazer, para nossa maior tristeza, publicidade ao curso de Enfermagem na Universidade de Vila Real). Indaguei junto de comerciantes, a propósito deste avanço da Bila e reparei que, os mais avisados, não estavam preocupados pois, referiram-me que alugaram lojas no centro Doce Vita. Fizeram-no por pensarem que o seu futuro comercial em Chaves era negro. Já que muitos flavienses se vinham deslocando a Orense e agora, com a proximidade de lojas conhecidas em Vila Real, o caso piorava. A jeito de brincadeira lá foram dizendo que querem continuar com os mesmos clientes, mas agora esperam-nos em Vila Real. Andei a matutar nisto. Achei que talvez o atraso de dois anos no IP3 e o pagamento de portagens que lhe vão aplicar, se ficou a dever àqueles que, em vez de pugnarem por condições de competitividade idênticas às dos nossos vizinhos, se dedicam a criar obstáculos aos consumidores, para os prenderem a uma forma de comércio do tempo da Maria Cachucha. Como estamos nos Santos, não é raro ouvir lamentos contra os que cá vêm vender, por afastarem consumidores dos nossos estabelecimentos.
Ninguém se lamenta da partida dos consumidores para outras paragens? Ninguém se lamenta do adormecimento da ACISAT, à sombra dos lucros da Feira dos Santos?
Há silêncios ensurdecedores!
É preciso gritar, Basta!
Queremos homens de acção!
Queremos renovar as Instituições!
height=355 alt=impost.jpg src="http://chaveslivre.blogs.sapo.pt/arquivo/impost.jpg" width=475 border=0>
Uma autarquia despesista que castiga os Flavienses com impostos e serviços sempre mais caros.
color=#ff3333 size=4>Alguem está a entrar no bolso dos Flavienses!
A despesa é sempre mais que o previsto.
Não há control orçamental!
A decisão de qualificar a Envolvente do Forte de São Francisco foi tomada pela oposição quando ainda o não era.
Em Janeiro de 1999, nesse tempo de grandes decisões, foi contratada a empresa ARPAS, de arquitectos, para elaborar o projecto.
Este projecto, tal como era apanágio da anterior gestão, seria objecto de financiamento por dinheiros de fora, nomeadamente do programa PITER. Diga-se em abono da verdade que, a nível nacional, só a nossa região e, se não me engano muito, apenas outra, tiveram tal pé-de-altar a nível nacional. (É que na altura o trabalho e a atenção para conquistar meios eram mais que muitos.)
Desde esses gloriosos tempos já passaram quatro Invernos.
Porque se demorou tanto tempo?
Tal só o Presidente poderá responder pois, se em 19 de Janeiro de 2000, foram apresentados os projectos de execução, incluindo todas as especialidades, não se percebe porque só em Março deste ano foi aberto o concurso. Não se percebe ainda porque, foi o projecto posteriormente alterado, se tinha sido aprovado pelos actuais titulares dos cargos autárquicos, quando na oposição. Não se percebe ainda porque, estando previsto o seu início para Agosto deste ano, a mesma, aguardou pelo início das chuvas.
Porque se diz que não havia projectos?
Porque se gastaram milhares de euros para alterar projectos? Quantos ao certo?
Porque não dá o Presidente conhecimento das alterações introduzidas?
Porque ......? Porque .:...? Só 5 anos depois ?
Quando o presidente actual chegou ao poder, cheio de promessas, esqueceram-se os compromissos que, a actual oposição, desejava assumir com os flavienses.
Alicerçada no quadro das suas reais capacidades de realização, a actual oposição, propôs-se, na altura, em termos de desenvolvimento da Urbanização, disponibilizar aos flavienses, no período de um mandato, as seguintes comodidades:
. Construção das circulares da cidade e acessos ao IP3.
Hoje, as primeiras, estão sem data para a sua realização e, o segundo, conta já com adiamentos inconcebíveis e portagens;
. Construção da nova ponte em Outeiro Jusão.
Hoje, esta obra estruturante, da necessária circular externa à cidade é uma miragem pois, a gestão actual, não tem folgo para a efectivar e, a destruição da via de duas fixas de rodagem por sentido na entrada da cidade, é um peia, a uma circular externa, que cumpra o seu papel.
. Continuação da recuperação e revitalização do Centro Histórico. ( Polis);
Hoje, após as alterações aos projectos, que os desfiguraram, pondo mesmo em causa toda a filosofia de revitalização do comércio no centro da cidade, assistimos a um atabalhoar de trabalhos em tempo de chuva grossa e, a uma muralha, onde não foi posta uma pedra.
. Criação de novas áreas de estacionamento;
Nesta área podemos afirmar que está a ser feito o pior que se podia imaginar. Agora, em vez da criação de mais estacionamento estamos a assistir à sua eliminação programada. Primeiro o Parque da Freiras, agora a eliminação de lugares nas caldas. Não bastando, vão ser ampliados os locais onde o estacionamento é pago. Longe vão os tempos da criação de lugares de estacionamento na Madalena, na Avenida Miguel Torga, António Granjo, Heróis de Chaves, Irmão Rui e Garcia Lopes, etc..
E o que se vê ou vai ver em relação à recuperação e valorização ambiental da totalidade das margens do Tâmega na área urbana? Quando se volta à construção de novos arruamentos estruturantes no perímetro urbano de Chaves?
é o Presidente preocupado com os meios e que não liga aos fins.
O normal é organizarmos pessoas e métodos para realizar algo - as nossas actividades são meios para alcançar um fim. Porém, existe em algumas pessoas a tendência para o pessoal e os métodos se converterem em fins. (empregos a distribuir)
Numa organização eficiente um Presidente é avaliado pelo que executa a rapidez com que as obras herdadas são lançadas, os novos meios financeiros conquistados, os novos projectos de investimento aprovados ou a satisfação de ambições antigas da população, por exemplo Universidade. No nosso burgo parece dar-se antes o caso de um Presidente ser valorizado pelo que exige - por suportar as regras e ritos, manter o status quo e proteger a hierarquia da cor política. Aqui, são muito apreciados, o comportamento ritualista, a conformidade com as rotinas existentes e a conveniente deferência para com a autoridade.
Em paralelo, verificamos ainda, que pode a Autarquia servir de case study para aquilo que os gestores conhecem por Pirâmide em Ascensão nomeadamente a Lei da multiplicação de subordinados que explica, no caso em apreço, que um vereador ou mesmo um director de departamento ou ainda um chefe de secção deseja, sempre, aumentar o número de seus subordinados, desde que não sejam rivais. Claro está!
Continuando ......
Bem, não abordaremos as nuances do consumo desmesurado de dinheiro em pessoal de uma só vez. Deixamos para outra altura a explicitação da famosa Lei da Banalidade (formulada por Parkinson) ou da perspicaz Hipótese da Paralisia das organizações do mesmo catedrático inglês. Não confundir com o médico, também inglês, natural de Hoxton, James Parkinson, o qual viveu noutro século. Assaz adaptado de PETER, L. (1989). A Análise de Peter. Lisboa: Editora Caravela.
height=331 alt=Freiras.jpg src="http://chaveslivre.blogs.sapo.pt/arquivo/Freiras.jpg" width=480 border=0>
Desenho de
RIBEIRO, Fernando de (1994)
Jardim das Freiras (Praça Gen. Silveira)
Para António Portugal
Pergunto ao vento que passa / notícias do meu país / e o vento cala a desgraça / o vento nada me diz.
Pergunto aos rios que levam / tanto sonho à flor das águas / e os rios não me sossegam / levam sonhos deixam mágoas.
Levam sonhos deixam mágoas / ai rios do meu país / minha pátria à flor das águas / para onde vais? Ninguém diz.
Se o verde trevo desfolhas / pede notícias e diz / ao trevo de quatro folhas / que morro por meu país.
Pergunto à gente que passa / por que vai de olhos no chão. / Silêncio - é tudo o que tem / quem vive na servidão.
Vi florir os verdes ramos / direitos e ao céu voltados. / E a quem gosta de ter amos / vi sempre os ombros curvados.
E o vento não me diz nada / ninguém diz nada de novo. / Vi minha pátria pregada / nos braços em cruz do povo.
Vi meu poema na margem / dos rios que vão pró mar / como quem ama a viagem / mas tem sempre de ficar.
Vi navios a partir / (Portugal à flor das águas) / vi minha trova florir / (verdes folhas verdes mágoas).
Há quem te queira ignorada / e fale pátria em teu nome. / Eu vi-te crucificada / nos braços negros da fome.
E o vento não me diz nada / só o silêncio persiste. / Vi minha pátria parada / à beira de um rio triste.
Ninguém diz nada de novo / se notícias vou pedindo / nas mãos vazias do povo / vi minha pátria florindo.
E a noite cresce por dentro / dos homens do meu país. / Peço notícias ao vento / e o vento nada me diz.
Mas há sempre uma candeia / dentro da própria desgraça / há sempre alguém que semeia / canções no vento que passa.
Mesmo na noite mais triste
em tempo de servidão
há sempre alguém que resiste
há sempre alguém que diz não.
ALEGRE, Manuel (1965)
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.
. A anticipação supera a re...
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