Quadro nº 1 - Tempos de acesso às urgências, considerando a situação actual, com Vila Pouca e Ribeira de Pena a deslocarem-se ao hospital de Vila Real e Valpaços, Montalegre, Chaves e Boticas a deslocarem-se para o hospital de Chaves.
Valores em minutos.
Concelhos Alto Tâmega |
Tempos actuais - Vila Pouca e Ribeira de Pena deslocam-se ao hospital de Vila Real |
|
Médias de acesso ao hospital |
Tempo máximo de acesso registado nas freguesias |
|
Boticas |
33,8 |
49,9 |
Chaves |
15,9 |
35,2 |
Montalegre |
55,3 |
84,1 |
Ribeira de Pena |
62,5 |
84,5 |
Valpaços |
30,7 |
51,1 |
Vila Pouca de Aguiar |
46,4 |
61,5 |
Quadro n. º 2 - Tempos de acesso considerando o encerramento da urgência médico cirúrgica do Hospital Distrital de Chaves. Está considerada a rede actual, pelo que deve ser tido em consideração que os tempos poderão diminui com a abertura do troço da A24 entre Vila Real e Chaves…. Mas, as diminuições de tempo de acesso, não deixaram de desprezar várias das freguesias desses concelhos em situação problemática.
Valores em minutos.
Concelhos Alto Tâmega |
Tempos de acesso de todos os concelhos do Alto Tâmega ao hospital de Vila Real |
|
Médias de acesso ao Hospital de Vila Real |
Tempo máximo de acesso registado nas freguesias |
|
Boticas |
83,4 |
97,7 |
Chaves |
79,8 |
107,6 |
Montalegre |
111,0 |
138,8 |
Ribeira de Pena |
62,5 |
84,5 |
Valpaços |
66,6 |
90,4 |
Vila Pouca de Aguiar |
46,5 |
61,5 |
Os tempos foram calculados recorrendo a modernos sistemas de cartografia automática com percursos reais testados nos tempos de deslocação por condutores tipo.
Foram calculados pelo Sr. Eng. Nuno Azevedo, no âmbito de uma dissertação de mestrado.
Parece impossível que se minta tão deslavadamente.
Isto tem de acabar, aldrabadas cegas e sujas, têm de acabar
Pela mão de Cátia Almeida, em Vidago ficamos a saber que descobriu a pólvora: “A fábrica da água de Vidago vai encerrar no final do ano.”
É verdade. Já todos sabíamos.
Diz ainda que o encerramento “pode parecer um processo pacífico, mas a deslocação da produção já foi alvo de alguma polémica.” Também é verdade.
Diz depois que “desde que foi conhecida esta possibilidade que a Câmara de Chaves e a Junta de Freguesia de Vidago manifestaram a sua forte oposição.”
Aqui é que a mentira é gorda e pérfida pois, bem sabemos que, a junta tudo fez para o impedir mas, a Câmara, desde o início assinou pré-acordos e tudo o que foi preciso para a fábrica sair. Não se tratou de lavar as mãos, não! Desenvolveu esforços de facilitação da saída.
Depois da mentira a diarista (?) passa a servir de veículo de propagação do palavreado característico dos louvaminheiros trapaceiros. Apreciem a magnitude do sarcasmo contido da tirada:
“A necessidade de retirar a unidade do parque termal até foi compreendida, mas a autarquia não quer que o investimento saia do seu concelho (Pedras Salgadas pertence a Vila Pouca de Aguiar). O presidente da câmara, João Baptista, defende a construção de uma fábrica de raiz nas imediações do parque ou noutro local do concelho. De acordo com a imprensa regional, as Juntas de Freguesia de Vidago e da Oura prometem não facilitar a decisão da Unicer, pensando que a forma de impedir a empresa de deslocalizar a fábrica poderá passar por colocar em causa a legitimidade da Refer em autorizar a passagem dos tubos pela linha férrea.”
Para rir se não fosse tremendamente triste!
Para ver mais aqui vai o LINK
http://dn.sapo.pt/2006/10/18/economia/unicer_encerra_fabrica_vidago_dezemb.html
Despesismo, descontrole, falta de rigor - Legítima desconfiança.
O Orçamento Municipal é um tema de predilecção para os que pensam que gerir uma Câmara é o mesmo que gerir uma casa de família.
Há dinheiro a receber, há dinheiro para gastar. Esquecendo-se muitas famílias, vezes sem conta, infelizmente, de tomar as medidas que se exigem para não só promover a melhoria das condições de vida actuais, mas mais grave ainda, esquecendo-se a preparação dos desafios incertos que o futuro pode proporcionar.
Nesta Assembleia Municipal, pretendemos dotar o município não só da previsão do dinheiro que a Câmara pensa seriamente vir a receber ao longo do ano, mas ainda do destino que vai dar a esse dinheiro.
Todos sabemos que o dinheiro não será suficiente para todas por cobro às necessidades que cada grupo social considera mais prementes. Nem chegará para mandar construir obras magníficas que perpetuem o nome do Presidente da Câmara nos anais da história, como faziam antigamente os reis absolutistas.
Considerando esta limitação decorrente da carência de dinheiro temos que discutir essencialmente duas coisas:
Primeiro: como conseguir o máximo de dinheiro?
Segundo: em que aplica-lo?
Principiemos pela última questão.
Que problemas enfrenta a nossa comunidade?
Várias resposta se poderão dar a esta questão, dependendo as mesmas em grande medida do grupo social em que se esteja inserido.
Os mais pobres dirão que necessitam de habitação condigna, de uma forma justa de ganhar a vida e que os seus filhos possam vir a ser “alguém” entendido este alguém, por um homem com uma profissão que lhe permita uma vida digna.
Os burgueses dirão certamente outra coisa, por exemplo que se deveriam reforçar as verbas para manifestações culturais de características marcadamente lúdicas.
Atendendo a esta divergência de opiniões compete aos titulares do poder político decidir em que gastar o dinheiro.
É isso que nos pede a Câmara Municipal hoje, autorização para gastar o dinheiro que obtém dos contribuintes.
Após uma análise atenta dos documentos previsionais para 2006, pelas opções que lhes estão subjacentes, não mereceram uma avaliação positiva por um conjunto variado de razões, das quais, por limitação de tempo só expomos as principais.
1) A Câmara Municipal quer acreditar, pelo que escreveu nos documentos do orçamento da receita, que vais arrecadar 54.935.144,76 €. Em nossa opinião tal não se vai verificar.
a) em 2003 previa arrecadar no total € 35.546.385,77 e só veio a arrecadar, no final do ano, € 25.489.757,54 ou seja menos € 10.056.628,23;
b) em 2004 previa arrecadar no total € 47.794.335,57 e só veio a arrecadar, no final do ano € 24.435.842,44 ou seja menos € 23.358.493,13;
c) em 2005 prevê arrecadar € 49.304.425,95 e não passará dos € 31.000.000,00 ou seja, € 18.300.000 a menos
Desta forma como se pode afirmar que este ano, ao contrário dos anteriores, se vai arrecadar toda a receita.
1º A EHATB, transferiu o montante previsto em 2005 no valor de € 2.000.000? Voltamos novamente a estratégias fictícias de equilíbrio das despesas correntes com receitas correntes irreais? É preciso cumprir a lei, mas sem recurso a estratagemas.
2º Simular um deficit orçamental, suportado por € 10.000.000 em venda de bens de investimento é outra forma de tapar o Sol com uma peneira, de não ser rigoroso na inscrição de receitas. Onde está o documento que elenca os bens a vender?
3º Atendendo ao lento ritmo de execução de obras com fundos públicos que tem marcado a sua gestão nos anos anteriores calculamos, a partir do valor médio de perdas anteriores que, no próximo ano, não alcançará transferências de capital da administração central num valor próximo dos € 9.000.000. É sintomático a este respeito não ter a Câmara apresentado a esta Assembleia a informação dos projectos cuja homologação já foi obtida.
Por conseguinte, as receitas estão seguramente empoladas em 21 milhões de euros. Tal facto constitui um gravíssimo atentado ao rigor que se exige nas previsões municipais.
O mesmo despesismo se vem verificando na aquisição de bens e serviços pois, se em 2004 se gastaram € 4.352.429,97, para este ano de 2005, prevê-se gastar € 6.656.454,14 (mais 53 % do que em 2004 se gastou) e, para o ano de 2006 que estamos a apreciar, esse valor sobe mais 13% atingindo agora € 7.545.829,24. (em 2001 apenas se gastavam € 2.915.787,95, praticamente um terço do que agora se gasta). Como podem aumentar ao mesmo tempo as despesas com pessoal e a aquisição de serviços, se muitos deles passaram para a esfera das empresas participadas pela autarquia.
É fundamental que o Sr. Presidente explique este abismo que se vem abrindo na Câmara.
Comparando a evolução dos agregados da receita e da despesa corrente no global constatamos que, a despesa tem crescido a um ritmo mais acelerado que a receita. (de 2004 para 2006 as receitas correntes 26%, mas as despesas correntes 32%, (R.C. 15.2-19.1) (D.C. 14.4-19.0)
Acresce que, mesmo atendendo ao carácter fictício de algumas rubricas do orçamento da receita, não existir palpável poupança corrente já que, as receitas corrente apenas superariam, hipoteticamente, as despesas correntes em €80.000. (em 2001 esse valor foi de € 2.211.861,63, em 204 já tinha baixado para € 765.672,15 e agora é o que se vê)
Quais as funções a que se destina o dinheiro das receitas?
Mais de metade é destinado às Funções Sociais principalmente ordenamento do território e saneamento. No que concerne ao ORDENAMENTO é difícil aceitar o volume de serviços que se pretendem adquirir a empresas de planeamento, tanto mais que a Câmara contratou técnicos e mais técnicos para além de instalar chefias e sub chefias, se tudo se compra é caso para perguntar o que fazem na Câmara?
Mais uma vez não é destinada qualquer verba para a função económica Agricultura, Pecuária, Silvicultura, e Caça, sector muito carenciado e a necessitar de um impulso.
À função económica comércio e turismo apenas se dedicas 1,6 % (555.481 €) mas tal nem vai acontecer pois em 2004 tinha sido destinado um volume parecido e no final apenas se gastaram 14.280€. Se mais razões não houvesse, por si só, este esquecimento do fomento do comércio merece um voto negativo ao PPI. Todos temos consciência das dificuldades que os comerciantes estão a sentir, que pela retracção económica, que ainda pela concorrência dos grandes conglomerados comerciais, para além das lojas discount. Teria que haver desde já medidas. Estamos disponíveis para em conjunto com a Câmara Municipal encontrar os meios para recuperar a dinâmica comercial que sempre foi característica da nossa cidade.
Notamos que no PPI foram incluídos 800.000 € para transferência para as Juntas de Freguesia. Já sabe por conseguinte o Sr. Presidentes de que se trata de investimento e onde se vão efectuar.
Por isso pergunto. Como pode pedir a aprovação de um documento como o PPI sem designar os projectos em concreto? Como poderemos apreciar o seu interesse?
Desde aqui lanço o pedido à Mesa para que nos prazos legais informe o meu grupo Municipal das obras incluídas na rubrica referida.
Fica-nos a convicção que o Sr. Presidente se prepara para assinar secretamente com as juntas do PPD/PSD os protocolos que esgotarão a verba em análise.
Devo concluir que, face ao referido, não resta outra solução que não seja a de chumbar esta forma de gerir as contas do município. Por apresentar falta de rigor na determinação da receita, empolando-a, criando, por essa via, falsas expectativas aos vários agentes sociais, nomeadamente aos senhores Presidentes de Junta de Freguesia e, por enveredar por práticas despesistas, de descontrole da despesa corrente, o que inviabilizará a realização de muitos dos investimentos necessários ao desenvolvimento do Concelho e o justo solidário e necessário apoio às Juntas de Freguesias.
Em épocas de retracção económica sente-se mais a indispensabilidade de tornar as nossas comunidades sustentáveis.
O poderes públicos teimam no entanto em não mudar as suas práticas, pensando que de fora virá sempre dinheiro, ou que os que vêm a seguir pagarão as dívidas
Negam sistematicamente a necessidade de enveredarem por novas abordagens de "governância", como por exemplo as formas alternativas de envolvimento dos cidadãos e das populações, nomeadamente nos processos de decisão e as formas alternativas de uso dos recursos endógenos e de valorização do património, nomeadamente cultural e de identidade local e regional. (veja-se a abrupta invasão comercial que vamos enfrentar Chaves)
Apegados a rotinas passadistas continuarão a cavar o fosso que, a prazo (agora cada vez mais curto), os levará à destruição do poder de compra e da qualidade de vida dos cidadãos.
A autarquia, devia encarar o uso das novas tecnologias, como um veículo para a prestação de mais e melhor informação aos cidadãos e empresas, de forma descentralizada e não rígida. Mas não é o que acontece em Chaves.
Devia perseguir, cinco objectivos importantes:
1º - conter as despesa através de ganhos de eficiência nos serviços (produtividade).
2°- reduzir do tempo de espera que recai sobre as petições dos munícipes (beneficio para o desenvolvimento das actividades, ex: construção civil).
3° - melhorar as condições de atendimento (possibilidade de consulta à distancia, ex: da própria residência, da empresa).
4° - fomentar o exercício da iniciativa empresarial, (maior capacidade de informação e resposta da autarquia, maior qualidade dos serviços prestados aos agentes económicos )
5° - reforçar claramente o desenvolvimento de actividades técnicas na autarquia.
Pensem nesses objectivos, irão reparar que, infelizmente, o caminho da autarquia flaviense não converge para eles.
Com vigilância conservámos Abril.
Após mais de três décadas Abril perdura vivo!
Estamos atentos, estamos vigilantes. Abril viverá!
Os legatários dissimulados de Salazar esperam o momento, tentam a todo o instante ganhar campo.
Todos sabemos isso.
Como democratas, profundamente apaixonados pela liberdade afirmamos: SALAZAR NUNCA MAIS!
VIVA A DEMOCRACIA!
VIVA A LIBERDADE!
VIVA ABRIL!
O Conselho de Administração da AMTAD é composto por João Baptista, Artur Cascarejo, presidente da Câmara de Alijó, Francisco Lopes, presidente da Câmara de Lamego, Artur Pimentel, autarca de Vila Flor, e José Rodrigues, autarca de Vimioso.
Para João Baptista, a AMTAD, esteve com a sua actividade praticamente parada durante dois anos. (farpa para os seus colegas de partido de Bragança e de Boticas)
Agora que na sua opinião se começa a trabalhar e, segundo ele próprio, já se conseguiu que o nosso concelho (não o dele, como sabemos) seja aquele que vê encerrar o maior número de escolas no distrito, designadamente 38 das 82 existentes.
Mais uma vez não faltaram as promessas para as calendas “na cidade de Chaves deverão (deverão?) ser construídos dois centros escolares”.
Como nada consegue, quer agora meter os outros colegas autarcas no mesmo saco, “é para a construção de centros escolares e requalificação do edificado existente que os autarcas transmontanos exigem “prioridade” a nível dos investimentos previstos para a educação”. E nas contas da Câmara essa prioridade é também para se levar a sério? ou é só pedir ao governo para lhe fazer o importante e a Câmara dar o seu milho aos pardais. (nada tem a ver com a banda, talvez fosse melhor escolher outra espécie da ave, ou até uma figura de estilo diferente, como por exemplo "adubar laranjeiras).
Os outros autarcas querem lá saber dos males de Chaves e de “Judas a pregar no deserto.”
Para a próxima comentaremos as tiradas seguintes:
“O encerramento das maternidades, poderá afectar Chaves, Mirandela ou Bragança.”
João Baptista defende uma “redistribuição equilibrada dos serviços por todo o território nacional”. Refere a propósito “Entendo a racionalização dos serviços”.
Desde Março de 2005, o executivo Socrates conseguiu reverter a previsão do deficit de 6,83 por cento no final do ano para 6 por cento, pelo que continua credível a meta de ter um défice de 4,6 por cento no final de 2006.
O Primeiro ministro de forma confiante refere que, dentro do calendário e o ritmo previstos, vai tomar todas as medidas que forem necessárias para que Portugal apresente um défice abaixo dos três por cento em 2008.
PRINCIPAIS INDICADORES ECONÓMICOS
| SALDO ORÇAMENTAL (percentagem do PIB) | EXCLUINDO MEDIDAS TEMPORÁRIAS (percentagem do PIB) | RECEITA FISCAL (percentagem do PIB) |
(2004) | -3,2 | -5,3 | 35,3 |
(2005) | -6,0 | -6,0 | 36,4 |
| PIB | CONSUMO PRIVADO | CONSUMO PÚBLICO | FBCF |
(2004) | 1,1 | 2,3 | 1,6 | 0,0 |
(2005) | 0,3 | 1,8 | 1,9 | -2,6 |
| EXPORTAÇÕES | IMPORTAÇÕES | EMPREGO | TAXA DE DESEMPREGO (percentagem de pop. activa) |
(2004) | 5,3 | 7,0 | 0,1 | 6,7 |
(2005) | 0,9 | 1,8 | 0,0 | 7,6 |
Em toda a região transmontana, o solo é quase sempre pobre, já que apresenta reduzida profundidade e escassas quantidades de húmus. Para tal pobreza, dá contributo importante, o vasto conjunto de relevos inclinados que, favorecendo os processos erosivos, não permitiram, há excepção de algumas depressões e vales, a génese de solos com maior profundidade. Daí a tendência para o uso extensivo do solo e para o presumível, mas não verdadeiro, desleixo.
A Agência Portuguesa para o Investimento ou a sua herdeira nem uma proposta concreta conseguiu apresentar para este território interior.
Fernando Pessoa
A ciência, a ciência, a ciência... (4-10-1934)
A ciência, a ciência, a ciência...
Ah, como tudo é nulo e vão!
A pobreza da inteligência
Ante a riqueza da emoção!
Aquela mulher que trabalha
Como uma santa em sacrifício,
Com quanto esforço dado ralha!
Contra o pensar, que é o meu vício!
A ciência! Como é pobre e nada!
Rico é o que alma dá e tem.
[...]
Poesias Inéditas (1930-1935). Fernando Pessoa. (Nota prévia de Jorge Nemésio.) Lisboa: Ática, 1955 (imp. 1990).
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.
. A anticipação supera a re...
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